Controvérsia no tratamento da instabilidade rotuliana

Ana R.J.Ferreira

Objectivo: O objectivo desta monografia é definir a abordagem mais adequada para o tratamento da instabilidade patelofemural, segundo a patologia/paciente.
 
Fonte dos dados: Utilizando a MEDLINE, procedeu-se à pesquisa de artigos, usando como query “patellofemural instability AND treatment”. Estes foram seleccionados de acordo com o título, resumo e disponibilidade do artigo completo. Alguns dados foram retirados do livro “Patellofemural Pain, Instability, and Arthritis” de Stefano Zaffagnini et al.
 
Resultados: Foram incluídos 67 artigos.
 
Síntese dos dados: O tratamento inicial deve ser conservador excepto se ruptura do LMPF, lesão osteocondral ou outros factores de risco para luxação futura. Neste caso, a reconstrução ligamentar é indicada. Quando se opta pela abordagem cirúrgica, os resultados com o procedimento Galeazzi ou Roux-Goldthwait não foram tão favoráveis no adulto, com segundo episódio de luxação, como a reconstrução do LMPF. No entanto, continuam a ser tratamento de primeira linha na criança e adolescente. O procedimento Elmeslie-Trillat permanece a intervenção principal para a luxação rotuliana na presença de rótula alta e/ou TA-GT excessivo. Já a trocleoplastia de afundamento artroscópica é a melhor resposta à displasia tróclear de alto grau (tipo B e D), no entanto, deve apenas ser considerada em casos restritos. Conclusões: A instabilidade rotuliana continua a ser uma área de grande controvérsia. Ainda assim grandes passos têm sido dados na melhor compreensão e classificação desta patologia. A reconstrução do LMPF é uma das principais opções no tratamento da instabilidade rotuliana objectiva. Outras opções como certas trocleoplastias e osteotomias desrotacionais são reservadas para situações excepcionais.
 
 
Palavras-chave: instabilidade patelofemural; Tratamento; Controvérsias.



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